A diarista Ilza Ramos Rodrigues, de 52 anos falou sobre a situação humilhante em que foi exposta. Um eleitor bolsonarista filmou a trabalhadora e disse que não daria mais marmitas a ela, pois ela é eleitora de Lula.
Em entrevista a Folha de S. Paulo, Ilza comenta sua reação no dia em que foi exposta “Fiquei sem ação. O jeito que ele falou mexeu com a minha mente, não é brincadeira. O que ele fez foi me humilhar. Só porque tem dinheiro, tem o carrinho dele, ele quis me humilhar com essa ação. Eu nem posso ver o vídeo”, desabafou.
Ilza recebe marmitas de um homem em que fazia faxina desde o início da pandemia. Após a morte do homem, o empresário Cassio Cenali, responsável pelo vídeo, passou a levar marmitas para a senhora toda quarta. Cassio disse para a diarista que iria filmar a cena da entrega de marmitas. Contudo, ela achou que era para a divulgação de alguma ONG.
O empresário então começa a falar de Jair Bolsonaro e questiona em quem ela vai votar. Ao ouvir a intenção dela votar em Lula, ele diz que “a partir de agora, acabou a doação de marmitas”.
O caso repercutiu e pessoas começaram a ajudar a diarista. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), se comprometeu a fornecer mantimentos para Ilza por seis meses “Deus é tão bom que, o mal que ele fez, Deus transformou em bênção. Tem gente no mundo inteiro que está vendo e me dando carinho”, disse.
No último domingo (11), o empresário Cassio Cenali se desculpou nas redes sociais. Ele disse estar arrependido e disse realizar o trabalho há dois anos, e que ele só quer a caridade.